
Quando não tens cão, caças com gato. Mais para a esquerda ou mais para a direita, foi assim durante 5 km até sermos obrigados a continuar por 4 km a pé.
Vai começar a história de um dia com menos km que os anteriores, mas muito mais demorados.


Visto que na Islândia ter um cão é um luxo, gatos existe imensos. Quer dizer não são assim tantos, mas pronto ahahah, todos gordos e bem tratados, não vi o típico gato vadio.

Aqui chamam-lhe de fábrica das nuvens e é daqui que sai a água quente para Reykajik, sim, eles reaproveitam as águas quentes naturais para utilizar. Dois dias e a ainda não tinha falado nesse ponto, que foi difícil de habituar, o cheiro a enxofre da água quente no banho e ao lavar a loiça, sendo que ao fim de uns dias já não se dá conta, e parece mentira quando cheguei a Portugal tive saudades daquela água durante o banho.
Memorizem Selfoss, saindo de Reyjavik, Selfoss é uma cidade/vila, não cheguei a perceber bem ahahah, mas é um ponto importante de partida para várias rotas de visita na Islândia. Fiquei fascinado com as igrejas daquele país e com as paisagens abismais que encontrei, coisa que agora em Portugal me está a desagradar um pouco. Temos imensa poluição e ruído na paisagem, na Islândia não encontrei por lá casas abandonadas nem monos destruídos, tudo bem organizados com umas quintas aqui e ali. Mas também senti saudades de uma coisas que temos imenso, as florestas, adoro florestas e lá eram apenas uns grupos de árvores.

Moinhos eólicos na Islândia, bem no meu caso na zona oeste de Portugal, a zona saloita ahahah, temos a monte, na Islândia existe imenso vento, mas apenas vi dois e foi também a primeira vez que o meu primo viu moinhos por lá.

Vou aqui deixar a minha opinião para quem quer explorar a Islândia. São precisos 6 dias no mínimo, contra mim falo, mas uma boa opção será fazer a N1 em volta da ilha, aí é possível ver imensos pontos espetaculares. Para isso pode-se alugar uma carrinha destas onde podem dormir. Outra opção, para quem pode gastar mais dinheiro, é alugar um 4x4 e marcar hotéis/quartos/casas à volta da ilha, com uma média de 200km por dia será o ideal para explorar. Acreditem que um 4x4 dá jeito ahaha, nós acabámos neste dia por não conseguir ir a dois locais estipulados devido a isso.

Mesmo sem 4x4, mais para a esquerda ou mais para a direita, lá passámos rios, montanhas, pedra e neve. Foram 5km até já não conseguirmos avançar mais.
Fácil de perceber porque tivemos de parar o carro e continuar a pé, não fazíamos era ideia que esta aventura, ainda ia a meio. Sabíamos por onde queríamos ir, não sabíamos era a melhor forma de ir, o caminho pela estrada no gps dava cerca de 6km, então decidimos arriscar e ir pelo meio do "nada" a direito.

Não foram 6, mas foram 4 km no meio de neve, gelo, pedras e água. Basicamente tive a feliz ideia de atravessar uma espécie de pântano, e como é obvio meti a pata na poça. Quando aqui cheguei mais um palavrão gigante que me saiu, tenho pena que pelas fotos não transmita toda a energia e vibrações que este local soberbo me proporcionou.
Quando aqui cheguei mais um palavrao gigante que me saiu. Tenho pena que pelas fotos não transmita toda a energia e vibrações que este local subermo me propurcionou.

Sabem aquela sensação de felicidade, que por vezes vos faz tremer por dentro? Sim, foi assim que me senti, quis ficar ali para sempre a sentir a brisa e ouvir o som da água a cair daquela altura, e a bater na neve alguns metros a baixo com as aves a cantar em volta desta tromba de água. Isto chama-se Haifoss, e é a segunda maior cascata da Islândia com 120 M de altura.
Quase meio dia ate chegarmos ao primeiro ponto, e já era hora de partir para outro. Na foto em baixo podem ver um “super jipe” em que as rodas tinham quase a altura de um ligeiro. Nada os pára e acreditem, mete medo quando eles nos ultrapassam.
Devido aos imprevistos da manhã, tivemos de abdicar de ir a outra cascata também por ser de difícil acesso até lá. Então fomos diretos a uma pequena quinta, Pjodveldisbaer que faz parte dos cenários da famosa série Game of Thrones.
Aquela placa fantástica que já mais pensaria ver. Para ela ali estar, é porque muita gente fazia por ali o que não é permitido fazer.

Muito perto da Secret Lagon em Fludir encontra-se este pequeno spot de águas quentes, que surgem pela serra a baixo. Visto o dia estar bom com uma temperatura ambiente de 0 graus, havia muito pessoal por ali em turismo a aproveitar uns banhos. Já nós não tínhamos muito tempo e não podémos aproveitar, mas eu fiquei com “água na boca”.

Por mim passava ali horas deitado com o som do vento e dos corvos, mas tínhamos jantar marcado para as 9 no restaurante onde o Carlos trabalha, e eu ia provar baleia.
Algo estranho de se ver, mas eles contam os mortos nas estradas por ano, e até abril só tinham ocorrido 3 mortes em acidentes de viação.

Viagens para casa tinham sempre mais de 1 hora de caminho, visto irmos para locais distantes de Reykjavik, mas todas feitas ao som de boa música ahahah, podem seguir as minhas playlists no Spotify. A sofagem foi a melhor amiga na hora de enxugar meias, só ficaram molhadas quando caí dentro de água. Recomendo este tipo de meias da Decathlon, nada de pés brancos com peles, nada de chulé nem desconforto após horas de caminhada.

Chegou a hora de jantar, ISLENSKI BARINN, um restaurante que à noite vira bar. Foi lá que provei baleia, que sabe a bife de vaca mal passado em sangue, provei ainda puffins, que são aqueles papagaios do mar super giros, mas também super bons, borrego que tem um sabor diferente do nosso, e posso dizer que não sou fã nem cá nem lá, experimentei cachorro de lagosta, acho que comia todos dias, hambúrguer de rena, tão bom, bacalhau seco com uma espécie de manteiga em cima e peles de bacalhau fritas, que o meu avô ainda hoje goza comigo dizendo que fui para tão longe para comer peles, e por fim o famoso tubarão que não sei quem come aquilo, acho que basicamente o pessoal só prova, é servido em cubos pequenos, dizem para dares 3 dentadas e quando tiveres vontade de vomitar, beber aquela espécie de aguardente deles. E só posso dizer que eles tinham razão, acho que à segunda dentada já queria vomitar.