Iceland - Dia 4
- lchacalphoto
- 1 de abr. de 2017
- 4 min de leitura

O Rúben e a Nora tiveram que ir trabalhar ahahah, afinal quem estava em férias era eu e a Sara, não eles, mas deixaram a chave do carro. Quarto dia nas ilhas, o dia da exploração e lá fomos nós fazer a típica "volta saloia", coisa que dizemos por aqui no Oeste ahahah. Basicamente fomos fazer aquilo que toda gente faz, Golden Circle (cascata dourada, placas tectónicas, géiser).

Hora de caminhar até Fludir, iríamos de manhã para a Secret Lagoon do género da tão conhecida Blue Lagoon mas a metade do preço, em vez da entrada custar 50 € era só 25 €, para tomar banho nessas águas vulcânicas. Como no dia anterior acabámos o nosso percurso por aqui, naquele “secret spot” que eu descobri pelos milhares de pesquisas que fiz na internet, antes de ir para a Secret Lagoon decidi passar por lá para ver se tinha pessoas.
Exatamente isto, assim que se entra em Fludir vindo de Selfoss, vira-se logo no primeiro caminho de terra e anda-se alguns km’s até encontrar esta pequena quinta com igreja própria, coisas que só via em filmes. E pronto, estamos no caminho certo.
Ok, chegámos. Isto é tão magnifico que nem quero pensar em sair daqui, difícil explicar o que é estar -4 °C no exterior e +40 °C dentro desta água tão limpa e pura.

Com uma manhã fria e húmida, fizemos uma das melhores escolhas de toda a nossa viagem e decidimos passar ali parte da manhã, apenas a relaxar e aproveitar todas as energias da natureza. Dizem que o céu é o paraíso, isso não sei, mas ali sem dúvida que era.

Existia dois tanques que aproveitavam a água que corria por um “carrilinho”, que podem ver em algumas fotos, um dos tanques que foi o que mais gostávamos era de cimento quase como banheira, e estava em frente de uma casinha de pedra que tinha um banquinho para colocar a roupa ahahah, já o segundo tanque era mais natural, com um muro de pedra toda á volta, e aí poderia estar talvez 8 pessoas juntas.
Viemos até ao carro “sem roupa" e mudámo-nos lá, não era assim tão frio como parecia, apenas o chão era gelado e tinha os pés gelados, o resto suporta-se bem.

Esta paragem não estava no roteiro ahaha, e foi ideia da Sara, quando passámos uma ponte que atravessava este rio tão, mas tão azul ela gritou "PÁRA!". Mas calma, em Portugal também temos um lago de uma pedreira, na figueira da foz, que tem uma cor muito idêntica a esta.


Não poderia pedir melhor vista para o almoço que esta. Chegamos à cascata dourada, aquela que está sempre com arco íris, e é fantástico ouvir o som desta monstruosidade de água a cair, visto ser tão comprida e em duas secções.

Não podemos descer tão perto como eu queria e via pelas fotos da internet, devido a ser ainda considerado Inverno. Este local é muito mais turístico que os outros todos que visitei anteriormente, estava cheio de pessoas e ouvi uns portugueses lá pelo meio.
Geyser, sendo sincero estava à espera de mais, não posso dizer que fiquei desiludido, mas não fiquei satisfeito.

Pelo que li na internet estava à espera de um local que cheirasse muito mal a enxofre, estava à espera de ver a água a borbulhar e a explodir, esperava ver um buraco a engolir água. Mas bem, o que vi foi o que está nas fotos, talvez tenha apanhado um dia mau de vento.Mas afinal o que é isto dos Geyser, são nascentes termais que entram em erupção e lançam ao ar, água e vapor sendo algo raro só existindo 1000 em todo o mundo, e ali onde estive só estavam dois ativos. Basicamente, isto é água subterrânea que choca em rochas vulcânicas no interior da terra e que quando aquece faz “explodir” a água até 80 metros e a uma temperatura de 70 °C.
O tempo na rota deste dia estava a render imenso, podémos sentar-nos e relaxar a observar os geysers.


Quando me falavam em “super jipes”, sempre pensei num hummer, ou um carro do género. Não em mercedes transit com rodas gigantes do tamanho de um carro ligeiro. Porra, isto sim, é realmente um super jipe. Passam qualquer obstáculo e servem como carros de transporte turístico para qualquer desafio a fazer na Islândia, vão a qualquer lugar com os piores pisos que possam imaginar. Ser ultrapassado na estrada por isto, é ASSUSTADOR.

Caminho para Pingvellir, e assim que entramos no parque para além da velocidade máxima ser de 50 km/h, encontramos estas casas que fazem parte da magnífica natureza.


Era algo que me habituava a olhar, estas paisagens magníficas, montanhas que nunca perdem a neve durante todo o ano.
Este local é simplesmente TUDO, onde podemos tocar na placa tectónica Norte-Americana com a Euro-Asiática. Li num local que elas cada vez se vão afastando mais e que daqui a uns bons anos vão dividir a Islândia em duas ilhas. Para quem gosta de mergulho, existe um local neste parque onde podem mergulhar e nadar no meio das placas tal como eu caminhei entre elas.

Mais uma vez como a minha avó me dizia: “tu não vês nada, é só pedras, pássaros e reachos de água”. Pois é verdade, coisas tão simples que transformam aquele lugar num local tão mágico que te faz tremer por dentro.

A Islândia tem uma coisa engraçada, existe imensas placas a dizer o que não devemos fazer, pisar relva é quase um crime por exemplo.

Final de tarde hora de voltar para casa que avizinhava-se mau tempo e eu não sei conduzir pela neve. Até manhã ;)
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